domingo, 27 de abril de 2014

ÁFRICA UM CONTINENTE DE GENOCÍDIOS

Continente exótico mas que é pródigo em líderes genocidas, exércitos e policiais violentos

 

Líderes e rebeldes

A África de nossos sonhos, aspectos exóticos de desertos, savanas e florestas onde estão animais magníficos não é a realidade que alguns filmes de Hollywood retratam docemente, porém um continente onde o sangue de seus habitantes irriga o chão de suas aldeias e casas. Desde o filme Mondo Cane (filme que retratou a realidade de acontecimentos e proibido em muitos países) que retratou momentos de horror vividos por pacíficos negros, por exemplo aquele momento em que mais de 5000 cristãos tiveram suas mãos amputadas por soldados muçulmanos, ou aquele outro em que milhares foram obrigados a entrarem em mar infestado de tubarões -lá despedaçados numa orgia macabra- e metralhados os que se recusavam às ondas do oceano, ou ditadores sanguinários de passado recente e momentos atuais que além de acusados de corrupção, extrema violência e também canibalismo, também é local onde ainda é promovida a escravatura, tão combatida no Ocidente.

Essas circunstâncias, de ditadores sanguinários oprimindo seu próprio povo com exércitos e policiais brutais, como não poderia deixar de ser, abriu caminho para surgirem líderes rebeldes contra essas situações, mas tais líderes praticavam e praticam exatamente esses mesmos crimes, ainda hoje; líderes loucos, esquizofrênicos com paranoias religiosas percorrem regiões de África semeando terror tal como se pode constatar na reportagem do portal Estadão:

 

 

Por dentro da mente de um genocida

Ex-miliciano traça perfil de Joseph Kony, procurado por crimes contra humanidade

27 de abril de 2014 | 2h 07
Adriana Carranca, enviada especial - O Estado de S.Paulo
GULU, UGANDA - "Okello! Venha! Corte as pernas daquele homem." Okello Moses Rubangangeyo, então um recruta de 16 anos, cozinhava para os cerca de 300 rebeldes em um descampado na mata quando o comandante o chamou. Eles voltavam de Aboke, no norte de Uganda, após sequestrarem 139 meninas do colégio St. Mary para levar ao chefe: Joseph Kony, o líder do Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês).
Foragido: Kony é acusado de crimes contra a humanidade - Reuters
Reuters
Foragido: Kony é acusado de crimes contra a humanidade
O comandante lhe deu um pequeno machado. "Tínhamos machados grandes para cortar lenha. E os pequenos, você já os viu? As mulheres dançam com eles. Não servem para nada", disse Okello à reportagem. Foi um talento inofensivo que o levou ao comando do LRA: saber costurar. Era ele quem remendava os uniformes dos soldados e Kony passou a chamá-lo para confeccionar os vestidos de suas mulheres, mantidas em cativeiro.
Com o tempo, ele se tornou braço direito de Kony. Okello tinha duas mulheres e 34 meninos-soldados sob sua tutela. "Os menores, de 14 ou 15 anos, matam aleatoriamente sem mesmo os comandantes mandarem. Não sabem distinguir o que é certo e errado", conta. Os comandantes tinham encontros semanais com Kony. "Ele conhecia a todos pelo nome", lembra Okello. "Ele me chamava de escritor porque eu era o único com alguma educação."
Certa vez, Okello foi atingido por fragmentos de bomba, desmaiou por dez horas e foi deixado para trás pelos rebeldes. Em uma rara decisão, que colocava seus homens em risco, Kony ordenou que voltassem para buscá-lo. "Ele (Kony) estava preocupado. Quando disseram a ele que eu estava desaparecido, Kony deu ordens para que voltassem e procurassem por mim. Por isso, diziam que eu ressuscitei dos mortos."...Leia mais/Read More
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,por-dentro-da-mente-de-um-genocida,1159165,0.htm

   

 

 



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