quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Polícia do RJ prende 25 funcionários da Vigilância Sanitária Municipal



Data:4/10/2013

Veículo: Blog Gestão de Restaurantes

Editoria:GR Treinamento em Gestão de Restaurantes e Gastronomia 
Jornalista(s):alisonalves
Página:Home

>Assunto Principal:Corrupção, Funcionários Públicos Corruptos, Vigilância Sanitária/RJ, Máfia, Extorsão
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Eles são suspeitos de exigir dinheiro de donos de lojas, bares e restaurantes para não aplicar multas.

A polícia do Rio prendeu nesta quinta-feira (3) 25 funcionários da Vigilância Sanitária Municipal. Eles são suspeitos de exigir dinheiro de donos de lojas, bares e restaurantes para não aplicar multas.
04112013

A polícia teve a ajuda de seis empresários, vítimas frequentes de extorsão. Em imagens exclusivas, o dono de um restaurante que pediu para não ser identificado recebe o fiscal Robert Roy Fulton, conhecido como Roy.
A visita, que deveria ser uma fiscalização, não passou de uma cobrança de propina. Primeiro, Roy deixa claro que a palavra dele é fundamental para que o estabelecimento continue funcionando.
Roy: tá liberado por mim, ok?
Depois, ele confere e pega o dinheiro. Robert Roy foi um dos fiscais presos nesta quinta-feira (3). Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça comprovam os pagamentos.
José Nereu (fiscal): e aí? Posso passar aí?
Marcelo Freitas (comerciante): pode passar lá, tá? Tá com o dinheiro de vocês lá, tá com o negócio de vocês.
“Ou paga, ou não trabalha. Bem parecido com a proteção da máfia italiana”, afirmou Homero Freitas, promotor de Justiça.
O inquérito mostra ainda que os fiscais vendiam o serviço de empresas de dedetização das quais recebiam comissão.
José Nereu: jogar o veneno não é jogar. Tem que ver onde é o foco. E o foco você só vai ter com essa firma. Os caras são bons, o meu interesse nisso é só na indicação.
Segundo os delegados, o esquema movimentava cerca de R$ 50 milhões por ano. Na casa de um dos fiscais, foram encontrados R$ 120 mil. E na casa de outro que foi preso uma quantia ainda maior: R$ 800 mil guardados em uma mala. Um valor espantoso diante do salário dos fiscais. Eles recebiam cerca de R$ 2.800 por mês.
Segundo a polícia, os fiscais ameaçavam multar por infrações inexistentes ou então fechavam os olhos diante de absurdos.
José Nereu: a loja tá com rato, tá com barata, barata pequena, barata grande. Mas não criamos problema também, não, hein.
“Eles não fiscalizavam nada. Eles só cuidavam do próprio bolso”, afirma o delegado.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio declarou que dois funcionários da Vigilância Sanitária que tinham cargos de chefia serão exonerados. Os demais ainda passarão por um processo administrativo.
(Veja o vídeo desta matéria clicando aqui)
Fonte: G1

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